21 de nov. de 2011

Erinaldo é vendedor e recebe R$ 4 mil por mês trabalhando duas horas por dia. Elisabete, podóloga e designer de sobrancelhas, ganha R$ 6 mil mensais. Gaspar recebe R$ 500 por dia para cortar unha de bichos. Esses profissionais ganham muito bem sem ter feito faculdade, mas precisaram estudar muito para chegar onde estão. Atuam em áreas com escassez de mão de obra e em pleno crescimento e investiram tempo neles mesmos.

“Essas pessoas foram felizes em entender que há caminhos além do ensino superior. O curso técnico e profissionalizante garantem um caminho possível de formação”, afirma Ana Kuller, coordenadora de educação do Senac em São Paulo.


Erinaldo Lima começou a trabalhar como corretor de seguros e se especializou em vendas. Para complementar o que ganhava entrou em um novo negócio: a venda de suco porta a porta. O negócio vai tão bem que ele pensa em se dedicar integralmente a isso e tem planos de ganhar R$ 12 mil por mês. “É uma meta que tenho para seis meses. Venho de uma família simples e tive que optar entre ter uma renda maior e ajudar minha família ou fazer faculdade”, relata.

Já Elizabete Rodrigues de Oliveira se especializou em desenhar sobrancelhas e dependendo do tratamento, cobra R$ 500. Como não é de ficar parada, ela também fez cursos para cuidar dos pés. “Para aprender a pigmentação, você tem que fazer curso de paramédicos, tem que lidar com agulhas e anestésicos. O curso de podologia eu fiz há quase três anos. Tem que se atualizar sempre. Participo de congresso pelo menos duas vezes ao ano”, conta.

Para não se arrepender da escolha de um curso, é importante visitar as escolas, conhecer os professores e ver se os ex-alunos conseguiram entrar no mercado com facilidade. Os cursos técnicos têm a supervisão de um conselho estadual de educação. É importante ainda que a pessoa tenha visão de comércio e saiba juntar boas ideias com oportunidades.

Quem opta por um curso profissionalizante, precisa tomar os mesmos cuidados, mas diferente das outras formações, esses cursos são de curta duração e não seguem o currículo do MEC nem do estado. São chamados de cursos livres. “Ele vai abordar um ponto especifico mais focado, mas se é isso que a pessoa precisa para atuar no mercado de trabalho, esse curso pode ser uma ótima opção, porque qualifica rapidamente”, analisa Ana Kuller.

via: G1 

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